O primeiro-ministro, Passos Coelho, defendeu, esta quarta-feira, no Porto, a "liberdade de circulação" dos imigrantes acolhidos, no seguimento das quotas que venham a ser acordadas na União Europeia.
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"Não me parece que a resposta seja criar uma prisão por país", referiu, no final da visita ao Centro Comunitário São Cirilo, no Porto.
Passos Coelho adiantou que ainda não há uma contraproposta do Governo português relativamente à quota de 1700 imigrantes, como pretendia a União Europeia. "Não há uma contraproposta. Estamos a trabalhar nela. Tem que assentar em critérios que sejam mensuráveis e concretos. A dimensão demográfica, a economia, o estádio do crescimento e o nível de desemprego são indicadores para construir uma resposta", respondeu.
Quanto à questão de as pessoas acolhidas ficarem confianadas ao território português, defendeu a liberdade de circulação. "A liberdade de circulação acabará por conduzir as pessoas para economias maiores, mas não me parece que a resposta seja criar uma prisão por país, para que as pessoas possam ficar confinadas. Deve respeitar-se o princípio de liberdade daqueles que acolhem e dos que precisam de ser acolhidos. Temos de encontrar um equílibrio que não beslisque estes princípios", concluiu.