A direção da Raríssimas determinou a "suspensão preventiva por 30 dias", com efeitos imediatos, de Paula Brito e Costa do cargo de diretora-geral da associação.
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A decisão, por indícios de "ilícito laboral", foi adiantada por Marta Balula, vogal da direção da Raríssimas, num comunicado lido às televisões sem direito a perguntas, à porta da Casa dos Marcos.
"Consideramos que a presença da ex-presidente no local de trabalho pode ser suscetível de perturbar as averiguações do processo de inquérito, foi decidido nos termos do numero 2 do artigo 254 do código do trabalho proceder à suspensão preventiva com 30 dias, com efeitos imediatos", afirmou a representante da instituição, que avançou ainda a instauração de um inquérito interno à ex-presidente.
Paula Brito e Costa esteve, esta quarta-feira, na Casa dos Marcos, na Moita, de onde saiu pouco depois das 17 horas, sem prestar quaisquer declarações aos jornalistas.
A até agora diretora-geral da Raríssimas saiu a conduzir uma viatura e tinha ao lado o marido, que escondeu completamente a cara com o capuz de um casaco.
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Os trabalhadores que se concentraram à porta da Casa dos Marcos em protesto pela presença da ex-presidente estiveram reunidos com uma comissão nomeada pela restante direção da Raríssimas.
Em causa estão as condições financeiras da instituição depois da demissão de Paula Brito e Costa do cargo de presidente, cujas contas bancárias ainda estão inacessíveis, facto que, segundo dizem, prejudica a gestão financeira.
Uma investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais.
O caso já provocou a demissão do secretário de Estado da saúde Manuel Delgado, que em 2013 e 2014 foi consultor da Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.