Paulo Raimundo abriu a Festa do Avante no Seixal, esta sexta-feira, a enaltecer o "desafio de construir uma alternativa urgente" e a pedir ao Governo o imediato aumento dos salários e pensões para combater o aumento do custo de vida, em vez de "perder tempo a enviar cartas à Europa".
Corpo do artigo
"Vivemos hoje um paradoxo entre a propaganda e a vida real, em que as pessoas abdicam de tudo para pagar as rendas. O Governo, em vez de se preocupar em enviar cartas à Europa, podia já ontem ter tomado medidas, como fixar o aumento das rendas para o ano, aprovar moratórias como durante o covid, ou fixar a taxa de empréstimos em 0.25", disse o secretário-geral do PCP, durante a abertura da Festa do Avante.
Paulo Raimundo elogiou os militantes que ajudaram a construir a Festa do Avante, pela qual tem "um grande carinho". De acordo com o secretário-geral, a "festa atrai milhares, mesmo sem ser do Partido, à procura de um espaço de fraternidade, resistência, alegria, paz, e principalmente um espaço de confiança na construção de uma alternativa urgente necessária".
O secretário-geral do PCP apelou novamente ao fim da guerra na Ucrânia, "um conflito com nove anos que agora se percebe que tem que parar em vez de ser instigado".
A Festa do Avante decorre até domingo na Quinta da Atalaia com concertos, exposições, debates, gastronomia e cultura. A celebração dos 50 anos do 25 de abril de 1974 vai estar no centro dos espetáculos musicais da Festa do Avante deste ano.
Esta sexta feira, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa abriu o palco 25 de Abril e, no auditório 1º de Maio, o destaque foi para Tim, voz dos Xutos e Pontapé,s com Ensemble Ibérico e Internacional Voices Ensemble.
No sábado, Jorge Palma com Rui Reininho são cabeças de cartaz no principal palco do Avante. No Auditório 1º de Maio, o palco é de Rodrigo Leão e Rosa Leão, pai e filha.
No domingo, último dia, após o comício de Paulo Raimundo, Agir com Carolina Deslandes, Lura, Milhanas e Paulo de Carvalho encerram o certame no Palco 25 de Abril.