Paulo Raimundo discursou pela primeira vez como Secretário Geral do PCP na Festa do Avante, com críticas à Nato e União Europeia pelo escalar da guerra na Ucrânia.
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"Nesta Festa da Paz, e com a autoridade de quem desde sempre se empenhou e empenha contra a guerra e pela construção de um mundo seguro, afirmamos que é preciso dar uma oportunidade à Paz, que precisamos mais de amizade e cooperação e menos de ódio e belicismo", afirmou.
O Secretário Geral considera que "é preciso agir, face aos que, indiferentes à morte e à destruição, apostam no conflito militar em vários pontos do mundo e insistem a todo o custo na continuação de uma guerra que na Ucrânia já leva nove anos, que nunca deveria ter começado e que é urgente parar".
No plano interno, Paulo Raimundo apontou armas ao PS "apoiado por PSD, CDS, Chega e IL submissos ao euro e ao cutelo das contas certas, que não nos serve e agrava os problemas do país. As contas certas deles desaceleram as nossas vidas".
O Secretário Geral do PCP afirma que o PCP é"dinamizador de uma alternativa que existe para construir o país soberano e desenvolvido a que temos direito". Paulo Raimundo exige o aumento significativo dos salários, "que responda à atual situação", bem como um aumento mínimo das pensões em 70 euros e a fixação das taxas de juro aos créditos à habitação.
Paulo Raimundo foi o último a entrar no palco 25 de Abril e nos bastidores cumprimentou todos por quem passou, entre jornalistas e fotógrafos a acompanhar o evento e membros da equipa técnica e de segurança. "Esperamos que o tempo dê tréguas", disse aos jornalistas.
Quem entrou primeiro foi o seu antecessor, Jerónimo de Sousa. Reservado, o antigo Secretário Geral do PCP entrou na companhia de membros do Comité Central do PCP, para assistir ao primeiro discurso de Paulo Raimundo depois de décadas a ocupar o espaço principal do palco.