A escolha de Paulo Rangel para o Ministério dos Negócios Estrangeiros visa consolidar a presença de Portugal no plano europeu, com enfoque para o apoio à Ucrânia, mas é mais para a lusofonia que o programa da AD fala.
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Paulo Rangel tem 56 anos e é advogado e político de Vila Nova de Gaia com intrínseca ligação ao aparelho do PSD. Já representou o partido como secretário de Estado, líder do Grupo Parlamentar, deputado, eurodeputado e é atualmente vice-presidente do PSD. Desde 2009 que é eurodeputado e encabeçou por três vezes a lista do PSD às europeias.
Do ponto de vista europeu, o apoio à Ucrânia e o acompanhamento de eventuais alargamentos são os temas de maior relevância. No que toca à imigração, o compromisso do programa da AD é vago: “Apoiar uma política europeia de migração eficaz, humanitária e segura”.
O reforço dos laços sociais, diplomáticos e económicos com os países da CPLP ocupa grande parte do programa da AD para este ministério. Uma das metas é o de ver reconhecida a Língua Portuguesa como língua oficial da ONU até 2030, tornando-a num veículo de comunicação mais global.
Além disso, o reforço dos intercâmbios empresariais, culturais e educativos também estão na agenda.
Entre os problemas a resolver estão os atrasos nas marcações de atos consulares. O programa da AD não ignora o assunto e promete “estudar a reorganização do atual modelo” e reforçar a aposta nas potencialidades do consulado virtual, da chave móvel digital e das permanências consulares.