A líder do grupo parlamentar do PCP, Paula Santos, apelou a uma investigação "célere" no processo sobre os negócios do lítio e do hidrogénio para que não se desviem as atenções das respostas "urgentes" que os portugueses necessitam neste momento.
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Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, em reação à informação pública sobre o caso do lítio, Paula Santos entende que é necessário que os processos sejam "céleres" e que "não podem necessariamente servir para ocultar nem adiar" as respostas que são necessárias agora dado "o momento de grande dificuldade" para os trabalhadores e a população em geral.
A deputada lembrou, por isso, que, neste momento, é "cada vez mais urgente" não retirar o foco no aumento dos salários, das pensões, e nas áreas da saúde, educação e habitação. "O Governo já está bastante fragilizado ao não dar resposta aos problemas que são emergentes no país e afetam a vida dos trabalhadores e do povo todos os dias", adverteu.
Perante o pouco que se conhece sobre o caso - que a deputada comunista diz ser apenas "aquele que é público por parte dos órgãos da comunicação social" -, Paula Santos sustentou que "esta é uma situação que exige escalarecimentos e investigação" e um "apuramento que seja célere" para que sejam "retiradas todas as consequências e, posteriormente, todas as diligências adequadas.
Questionada se o Governo tem condições para se manter no poder, bem como se é viável um ministro que está a ser investigado continuar a exercer funções, a líder parlamentar do PCP insistiu na necessidade de se seguir com a investigação, assinalando não ter "conhecimento em concreto do processo".
"É isso que é urgente neste momento", resumiu, acrescentando que "perante elementos que não conhecemos, não podemos fazer outro juízo".
A deputada comunista considerou também que o caso exige "esclarecimentos por parte do primeiro-ministro ao país"