O PCP não vai estar presente na tomada de posse do novo Governo, adiantaram, esta sexta-feira, os comunistas em comunicado, sublinhando que essa tem sido a regra e que 2015 foi uma exceção para marcar uma posição contra Cavaco Silva.
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"Foi prática de décadas do PCP não participar na tomada de posse de governos. Em 2015, a presença do PCP, mais do que a sinalização da tomada de posse do governo, foi a marcação de uma posição política face à obstinação do então Presidente da República, Cavaco Silva, de tudo fazer para manter em funções o governo PSD/CDS, contra a vontade do povo português", escreveram os comunistas numa curta nota enviada à comunicação social.
O PCP justifica a nota com as questões enviadas por vários órgãos de comunicação social sobre a "não presença do PCP na tomada de posse do XXII Governo Constitucional".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dá posse no sábado ao XXII Governo Constitucional, chefiado pelo socialista António Costa, e composto por mais 19 ministros, e 50 secretários de Estado.
Após a cerimónia de tomada de posse, que decorrerá no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o Governo reúne-se em Conselho de Ministros.
Nos primeiros conselhos de ministros após a posse dos governos, a agenda inclui a preparação da apresentação do Programa do Governo na Assembleia da República e a lei orgânica do novo executivo.
Na sequência da vitória eleitoral do PS nas legislativas de 6 de outubro, António Costa foi dois dias depois indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República.
No passado dia 15, António Costa apresentou ao chefe de Estado a lista dos 19 ministros e três secretários de Estado sob sua dependência direta que irão integrar o XXII Governo Constitucional.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro recebeu o assentimento de Marcelo Rebelo de Sousa em relação aos restantes 47 secretários de Estado que farão parte da sua equipa.