Congresso deste fim-de-semana em Almada procurará encontrar caminhos para sair da encruzilhada, mas limitação de mandatos ameaça tirar mais concelhos. Direção tem mais mulheres e mais jovens.
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Dois anos após a chegada de Paulo Raimundo à liderança, o PCP reúne-se, entre esta sexta-feira e domingo, no congresso de Almada para tentar sair da rota de declínio em que caiu no final da geringonça. O desafio mais próximo é o das autárquicas, com vários concelhos em alerta vermelho devido à limitação de mandatos e às margens reduzidas com que venceu em 2021. Depois de, nas legislativas, ter perdido representação e o deputado por Beja, o PCP está também atento à concorrência que chega da Direita. No plano interno, aposta num Comité Central renovado e com mais mulheres.
Paulo Raimundo já se mostrou preocupado com as autárquicas mas disse acreditar numa inversão. Os comunistas tentarão segurar as 19 câmaras do partido e recuperar outras como Loures. Em setembro de 2021, a CDU perdeu cinco autarquias, incluindo bastiões como a Moita. Desta vez, o risco de perder é mais elevado em mais de metade das suas autarquias porque os presidentes atingiram o limite de três mandatos.