O Partido Comunista Português (PCP) quer alargar para cinco anos o período de entrada no privado para quem exerceu cargos públicos e penalizar as empresas que violem a lei. Paulo Raimundo acusa o Governo de querer resolver os problemas com privatizações.
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“Numa altura em que é urgente mostrar a clareza e a transparência em torno de cargos públicos, o PCP volta mais vez a agendar a discussão do projeto de lei que visa combater a promiscuidade entre cargos políticos e os grupos económicos, aumentado o período de impedimento do exercício de cargos em empresas privadas – as chamadas portas giratórias –, penalizando as empresas que violem a lei”, anunciou Paulo Raimundo, este domingo, após a reunião do Comité Central.
Governo sem soluções
Virando a agulha para o Governo e com a saúde como pretexto, Raimundo salientou que a “máxima de atuação” do Executivo liderado por Luís Montenegro é “por cada problema, um novo negócio”, assinalando que o “combate às privatizações” será uma prioridade para os comunistas.
“Um Governo, que às ordens dos grupos económicos, pretende encerrar as urgências de obstetrícia no Hospital do Barreiro, cria dificuldades no funcionamento do Hospital Amadora-Sintra, avança com novas parcerias público-privadas, mantém urgências encerradas e milhares de utentes sem médicos e não dá um passo que seja para resolver a falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, criticou.
"Desenvolveremos o combate às privatizações e ao assalto que está em curso à Segurança Social. Apontámos o caminho da soberania e da produção nacional, estamos com confiança na luta pela paz e contra a guerra e o armamento", concretizou o líder dos comunistas.