Pedro Nuno considera que todos estão sujeitos à crítica apesar de não comentar entrevista da PGR
O líder do PS considerou, esta quinta-feira, que todos os agentes da vida coletiva "são sujeitos à crítica" e têm de a aceitar, quando confrontado com a entrevista da procuradora-geral da República à RTP na segunda-feira.
Corpo do artigo
"Eu não vou também comentar a entrevista da atual procuradora. A única coisa que posso dizer é que não há nem pode haver nenhuma área da sociedade, da nossa vida coletiva, que esteja ausente da análise e da análise crítica", disse.
Depois de no dia seguinte à entrevista de Lucília Gago à RTP fonte do grupo parlamentar do PS ter adiantado que os socialistas não tinham comentários a fazer e que aguardavam a ida da procuradora-geral da República ao parlamento, hoje Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas sobre o tema no final de uma vista ao Polo de Saúde de Carcavelos, em Cascais.
Na opinião do líder do PS, "todas as áreas da vida coletiva são sujeitas à avaliação, ao escrutínio e à crítica".
"Uma democracia avançada convive com esse debate, convive com essa crítica. Tem de conviver com essa crítica, tem de aceitar. E tem de ouvir, tentar perceber se faz sentido, se não faz. Não rejeitar, nem apontando o dedo a quem pensa de forma diferente. Isso é que não é obviamente aceitável", apontou.
Em entrevista à RTP na segunda-feira à noite, a procuradora-geral da República afirmou que nunca ponderou demitir-se, defendeu que há "uma campanha orquestrada" contra o Ministério Público (MP) e considerou "indecifráveis e graves" as declarações da ministra da Justiça sobre pôr "ordem na casa" no MP.
Lucília Gago disse também que o inquérito no âmbito da 'Operação Influencer' que visa o ex-primeiro-ministro "ainda decorre", e negou qualquer "cuidado especial", indicando que António Costa foi tratado como qualquer outro face a uma denúncia ou suspeita de crime.