Pedro Nuno Santos disse este domingo que haverá sempre "uma leitura nacional" das europeias, mas recusou tirar ilações quanto a consequências internas no partido, desde logo na sua liderança. Diz que foi o Governo quem esteve em "campanha intensa o mês inteiro". Para Assis, o PS não tem que vencer para líder ficar.
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O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos; chegou ao Altis onde o PS vai acompanhar os resultados. O líder disse esperar "com tranquilidade" os resultados. A mesma tranquilidade com que diz ter aguardado pelos resultados das legislativas em março, que deram vitória sem maioria a Montenegro. "E vamos ver se há alguma diferença ou não face a março".
"Nós queremos sempre ganhar as eleições, também queremos ganhar estas eleições. Julgo que a AD também quer ganhar as eleições", referiu ainda. E admitiu que "haverá sempre uma leitura nacional" .
"Tivemos eleições legislativas há três meses. Estas eleições são importantes para a União Europeia e para nós também", acrescentou. Questionado sobre se consequências internas no caso de o PS perder, respondeu que "não se podem tirar essas ilações".
"Foi o Governo da AD que esteve um mês inteiro em campanha intensa, com presença forte do senhor primeiro-ministro, com anúncios de dois em dois dias. Vamos esperar", afirmou ainda Pedro Nuno Santos.
Marta Temido: "Fizemos o que podíamos"
"A expectativa é que seja uma noite boa" e "vamos aguardar com toda a serenidade", disse antes a cabeça de lista do PS à chegada ao Altis. "Nunca arisco, gosto de coisas muito seguras", respondeu ainda, quando questionada sobre se arriscava fazer previsões, mas garantiu que fez o que podia nesta corrida às europeias. "Fizemos o que podíamos, fizemos uma campanha da qual nos orgulhamos e confiamos nas pessoas", declarou na porta do hotel onde o PS terá a sua noite eleitoral. Garantiu que não tem ainda nenhum discurso preparado, seja de vitória ou derrota. Quanto a possíveis consequências internas no PS, particularmente ao nível da liderança, disse que naturalmente será feita uma reflexão, mas "é somente isso". Instada sobre a posição da CNE quanto às suas declarações na mesa de voto virem a ser consideradas propaganda, respondeu que "foi tudo feito como devia ser feito".
"Era o que faltava", diz Assis
"Era o que faltava. Não existe nenhuma obrigação para o PS ganhar estas eleições. Mas tenho esperança de que ganhe", comentou Francisco Assis, considerando, tal como Pedro Nuno, não haver motivo para consequências internas se a candidatura de Temido perder agora. Os que acharam que a vitória de António José Seguro há dez anos foi “poucochinho” não “farão essa consideração esta noite”, atirou ainda.