Pedro Nuno modera-se e explora erros da AD contra “regresso ao passado”
Não deixou esquecer polémicas como o aborto ou a imigração. Insistiu na importância das contas certas e apelou ao voto da Esquerda e das mulheres.
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Quase não houve dia em que o líder do PS não tenha lembrado a importância das contas certas. A insistência serviu para Pedro Nuno Santos provar ao partido, ao país e à União Europeia que já não é o jovem rebelde que, na era da troika, admitia não pagar a dívida e deixar “as pernas dos banqueiros alemães a tremer”. Nos últimos dias, o socialista fez vários apelos à “concentração” de votos da Esquerda no PS e, também, ao voto das mulheres, tentando capitalizar com a gafe da AD sobre o aborto. Um dos pontos altos da campanha foi o discurso de António Costa, no Porto.
Pedro Nuno e o PS tinham contra si o peso dos oito anos de poder socialista - durante os quais fermentou um certo “cansaço democrático”, como admitiu ontem o cabeça de lista pelo Porto, Francisco Assis. Se a AD tinha a vantagem de poder apelar à mudança, a estratégia de Pedro Nuno passou por colar à coligação uma imagem de “mudança má” - como chegou a dizer - e de “regresso ao passado”.