Pedro Nuno Santos, num auditório a rebentar, criticou hoje a AD por “não saber lidar com as crises”.
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Depois de uma versão mais descontraída da campanha, que incluiu uma viagem de Santo Tirso a Famalicão na sua mota, Pedro Nuno Santos partiu este sábado para um comício em Bragança onde criticou a AD, mas também deixou as suas metas para a legislatura, com destaque para o salário médio, que prende chegue aos dois mil euros ao longo dos próximos quatro anos.
Para o secretário-geral do PS, o Governo da AD “não sabe lidar com crises” e apontou: “Desde logo, a greve recente na CP, que afetou muitos portugueses, mas eles não foram capazes nem de a evitar nem de assegurar serviços mínimos, chegam sempre tarde, como já tinham chegado tarde aquando do apagão, e chegaram muito tarde quando foi a greve do INEM, que não só não conseguiram evitar como de recrutar serviços mínimos”.
Pedro Nuno Santos falava no auditório do Nerba – Associação Empresarial de Bragança, uma sala a rebentar pelas costuras para o ouvir e de onde saiu em ombros.
Metas laborais
Antes de seguir para um churrasco, para assistir ao dérbi Benfica-Sporting, lamentou que os partidos da AD tivessem desbaratado “a oportunidade que os portugueses lhes deram” para governar, considerando que a responsabilidade é só de Luís Montenegro. “Mas, chegados aqui, é uma oportunidade para corrigir o que eles não estavam a fazer bem”.
E detalhou: “[Montenegro] deixou uma economia a cair e andar para trás, o SNS num caos, numa instabilidade, com problemas bem maiores do que aqueles que tínhamos há um ano, e deixou-nos os preços da habitação a acelerar outra vez”.
Mesmo com a voz já rouca, Pedro Nuno Santos fez um discurso de cerca de 20 minutos, também para destacar algumas metas do partido para futuro, desde logo, em matéria laboral, recordando que “foi nos governos PS que mais se fez aumentar o salário mínimo, de 505 euros, em 2015, para 820 euros”, em 2025. Em jeito de promessa, avançou: “Vamos atingir os 1110 euros de salário mínimo nacional para quem trabalha”. Além disso, quer em Concertação Social e em negociação com os empresários “assegurar um salário médio de, pelo menos, dois mil euros ao longo da próxima legislatura”.