Pedro Nuno Santos "desconfortável" com António Costa sobre a TAP? PSD diz que sim
O PSD afirmou esta quinta-feira que o ministro Pedro Nuno Santos assumiu entender que o "caminho certo" era fazer votar o plano de reestruturação da TAP no parlamento e até "não estar confortável" com a decisão contrária do primeiro-ministro.
Corpo do artigo
Em declarações aos jornalistas no final da reunião com o Governo, o líder parlamentar do PSD, Adão Silva, falou num "dissenso" entre o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas sobre a possibilidade de fazer votar este plano, totalmente afastada por António Costa.
Questionado se o ministro Pedro Nuno Santos tinha assumido essa vontade na reunião desta quinta-feira, o deputado do PSD respondeu afirmativamente.
13121602
"Sim, sim, o senhor ministro disse-nos até que não estava muito confortado, ou confortável, não estava muito satisfeito com a decisão do primeiro-ministro, isso é verdade", afirmou, acrescentando que Pedro Nuno Santos reiterou na reunião com os sociais-democratas entender que "esse era o melhor caminho".
Para o líder parlamentar do PSD, essa intenção terá sito "travada" por uma publicação do presidente social-democrata, Rui Rio, na quarta-feira, segundo a qual fazer votar o plano de reestruturação da TAP no parlamento seria "uma fuga do Governo às suas responsabilidades" e recorreu mesmo a uma metáfora literária.
13125288
"Camilo Castelo Branco tem uma novela que se chama «Gracejos que matam», eu acho que o «tweet»' do
Adão Silva afirmou que o Governo espera ter o documento concluído com Bruxelas em fevereiro do próximo ano e apelou a que seja depois divulgado com detalhe aos portugueses.
"Não pode haver opacidade nestas matérias, para opacidade já chegou o contrato com o Novo Banco, que os portugueses não conhecem. O PSD não aceita que a TAP se transforme numa espécie de Novo Banco com asas, esperamos que haja aqui rigor, transparência e moralidade", afirmou.
Adão Silva apontou que o plano "embrionário" que foi apresentado aos sociais-democratas prevê um investimento público de 3,2 mil milhões de euros até 2024.
"É muito dinheiro, exige-se que haja rigor, transparência e moralidade para que os portugueses percebam que valeu a pena fazer este esforço, este sacrifício em nome do sucesso de uma empresa e de Portugal", afirmou.