A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) contesta a decisão do Governo de não aplicar o aumento intercalar de 3,57% nas pensões, pago a partir de julho, também no valor do subsídio de férias. Em comunicado enviado às redações, a confederação diz ser "inaceitável" e exige ao Executivo que o pagamento seja retroativo.
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"O Governo decide não aplicar atualização de 3,57% ao subsídio de férias, evocando que este aumento só será pago em conjunto com o subsídio de Natal", aponta o MURPI. Na prática, isto significa que o valor do subsídio de férias não vai refletir, pelo menos já, o aumento decretado pelo Executivo de António Costa. A confederação quer que aquela remuneração seja paga em julho e em conformidade com a subida anunciada.
Sem retroativos
Os representantes dos pensionistas salientam, ainda, que o aumento "não será pago de forma retroativa a janeiro", o que significa que os subsídios terão uma atualização pela metade. No decreto-lei n.º 28/2023, de 28 de abril, o Governo explica que "as atualizações referentes ao 2.º semestre, previstas no artigo 3.º, são aplicadas de forma proporcional aos subsídios de férias e de Natal" deste ano.
A confederação defende que a decisão fica "aquém da reposição do poder de compra das pensões", que ajudaria os reformados a "mitigar as consequências do aumento dos preços dos bens e serviços essenciais". Por isso, apela aos pensionistas que continuem "a luta pela reposição do poder de compra das pensões" e exijam "o pagamento do aumento intercalar em julho no seu subsídio de férias", lê-se no comunicado.