Daniel Castillo e Mariel Castillo, tio e sobrinha, vieram sozinhos da Costa Rica para darem um solidéu novo ao Papa Francisco em troca do seu. A ideia era depois leiloar o pequeno chapéu do Sumo Pontífice e, com o dinheiro, ajudar “os pobres” de uma instituição do seu país, a “Obras do Espírito Santo”.
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Quase conseguiram. “O Papa pôs o nosso solidéu na cabeça e voltou a dar-me. Posso leiloar um solidéu que o Papa usou. Foi uma emoção muito grande, não há palavras”, partilhou, muito emocionado. A sobrinha sentiu o mesmo. “Ele deu-me a mão e disse que temos o melhor café do mundo”, contou, lavada em lágrimas, junto à Nunciatura Apostólica, um dos vários sítios por onde o líder da Igreja Católica passou, ontem, em Lisboa, quebrando o protocolo.
Foram dois das centenas de milhares de peregrinos que conseguiram ver de perto e tocar no Papa. Em Belém, as irmãs Azucena Calderón e Fátima Caldéron, do Panamá, também estavam muito felizes. “Chorámos muito quando vimos o Papa. Senti coisas muito bonitas, como se estivesse na presença de Deus. Conseguimos ver na primeira fila”, contou Azucena.
Carminda Fernandes foi uma das primeiras a chegar ao jardim em frente ao Palácio de Belém para o tentar ver “na linha da frente”. “Tirei o dia de férias para ver o Papa, empurrada pela minha amiga. Estamos muito felizes”, disse. Felicidade não partilhada por todos. “Vim de propósito e tive muita pena de não o ter visto, estava muita gente à minha frente”, lamentou Olinda Mendes, 70 anos.