Duas perguntas sobre prostituição e exploração sexual feitas no teste de Português para alunos do 9.º ano na Escola Gabriel Pereira, em Évora, estão a causar indignação e levaram já o diretor do estabelecimento de ensino a reunir, de urgência, com as docentes da disciplina.
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No teste, é pedido aos alunos, menores de idade, para se colocarem na pele de "uma mulher que caiu numa rede de prostituição" ou na pele de "um explorador sexual (proxeneta ou cliente de prostituição)". Na resposta, entre 150 e 180 palavras, os estudantes, devem revelar as circunstâncias que "conduziram ao crime e os argumentos para aceitação/rejeição do mesmo pelo criminoso, através do seu pensamento".
"Há um trabalho interdisciplinar entre Português, com a obra de Gil Vicente, e a disciplina de Cidadania, e as questões surgem nesse contexto", disse ao JN Fernando Martins, diretor do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira. "Os alunos escolheram a questão a que quiseram responder e, de acordo com as informações dadas pelas docentes, há excelentes respostas", afirmou ainda o diretor.
"Ninguém protege as nossas crianças da informação desnecessária e nem na escola estão seguras", escreveu um pai numa rede social depois da partilha de uma fotografia de parte do teste.