A família e os amigos de Avelina Ferreira, a idosa que desapareceu no dia 12 de dezembro da urgência do Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, e que ainda não foi encontrada, lançaram uma petição pública para “melhorar a prevenção e a resposta ao desaparecimento de pessoas com demência”.
Corpo do artigo
Apesar dos esforços, não há sinais de Avelina desde que o marido a acompanhou ao hospital e foi impedido de permanecer com ela no serviço de urgência mesmo estando escrito no processo clínico de que a idoso sofria de demência.
A petição “Para a prevenção e resposta ao desaparecimento de pessoas com demência” será enviada, entre outras entidades, à Assembleia da República, ao Ministério da Saúde e à Entidade Reguladora da Saúde.
Na prática, os autores do documento querem que sejam implementadas medidas concretas que permitam o acompanhamento de pessoas com demência e o “efetivo cumprimento da legislação existente, assim como a introdução urgente de melhorias nos sistemas de prevenção e resposta existentes em Portugal, a nível central e local”.
“A situação que motiva a presente petição não é única, tendo já ocorrido diversas vezes no nosso País. Considerando as alterações cognitivas que vão surgindo à medida que a doença progride (memória, orientação, linguagem, raciocínio, entre outras) e que prejudicam a autonomia de quem vive com este diagnóstico, o desaparecimento de pessoas com demência constitui uma legítima preocupação, em especial, de quem as apoia e lhes presta acompanhamento e cuidados”, refere a petição.