O Governo deu esta segunda-feira luz verde às recomendações da ANA - Aeroportos de Portugal para a construção do novo Aeroporto Luís de Camões, na margem sul do rio Tejo.
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Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) anunciou que, entre as sugestões aceites - e que foram apresentadas pela concessionária no Relatório das Consultas, em julho -, está a diminuição da extensão das pistas da nova infraestrutura, que será construída em Alcochete, no distrito de Setúbal.
"Foi considerada pertinente e amplamente consensual (...) a abertura para reduzir o comprimento máximo das pistas", referiu a tutela, na carta enviada à ANA. Também será aumentada a distância entre as mesmas, "de forma a permitir uma operação tripla independente e o aumento do número de posições de estacionamento de contacto, ao permitir contemplar operação de embarque a pé".
Atualizações em falta
Depois de auscultadas pela ANA "mais de cem entidades", entre as quais operadores aéreos, municípios e a própria Força Aérea, o Governo falou em "consenso alargado" nas alterações a introduzir, nove no total. No entanto, explicou "a necessidade de atualizar algumas das especificações mínimas definidas no contrato de concessão, que se encontram parcialmente desatualizadas face à evolução do setor da aviação". Esta necessidade estava já "previamente identificada pelo Governo", numa carta dirigida à ANA, a 16 de janeiro deste ano.
As posições do ministério liderado por Miguel Pinto Luz constam do documento em que é dado a conhecer o entendimento do Executivo em relação às propostas avançadas pela ANA, entregues em julho passado. Trata-se, segundo lembra o Governo, do primeiro de quatro relatórios intercalares a "integrar a candidatura completa ao novo Aeroporto de Lisboa", que deverá ser entregue em janeiro de 2028.
O passo seguinte será a elaboração dos relatórios Ambiental e Técnico, "com base nas versões otimizadas das especificações que o Estado considera adequadas". O primeiro dos estudos estará disponível em janeiro.