A Playboy, que abandonou o nu integral, revela-se agora uma revista para uma nova geração de leitores. Inspirada na Internet, a última edição aposta num rosto que faz sucesso nas redes sociais e num grafismo mobile.
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Já é conhecida a primeira capa da Playboy depois da decisão de deixar o nu integral de lado, em outubro do ano passado.
Depois de 62 anos com aquela linha editorial, a nova edição da revista procura expandir o seu público à nova geração. O Snapchat, aplicativo mobile de partilha de fotos e vídeos até 10 segundos, foi a principal inspiração por ser a rede social em que cerca de 45% dos utilizadores têm entre 18 e 24 anos.
A revista aposta num grafismo que tem como base as câmaras de telemóveis e as "selfies", reforçando a ideia do chefe de edição de conteúdo da revista, Cory Jones, que há espaço para fotos mais íntimas na revista.
A estrela da capa é também ela uma sensação das redes sociais, que viu crescer a fama ao partilhar fotografias no Instagram (outra aplicação de partilha de fotos), por causa dos seus "olhos hipnotizantes". Tudo porque Sarah McDaniels tem um olho de cada cor (heterocromia ocular).
Apesar da classificação da revista ter mudado para "PG-13", maiores de 13 anos, ainda existem mulheres nuas na revista, mas sem recurso a ângulos frontais. As fotografias são mais naturalistas, inspirando-se nas "selfies" e nas fotos obtidas a partir de "smartphones", entendidas também como um tributo à estética do controverso fotógrafo de moda Terry Richardson e aos anúncios da marca "American Apparel".
"Vai ser sexy, mas vai ser seguro [levar] para o trabalho", conclui Cory Jones à CNN.