A polícia britânica recusa comentar a referência ao desaparecimento de Madeleine McCann feita nos telegramas diplomáticos norte-americanos divulgados pelo WikiLeaks, alegando que a investigação cabe às autoridades portuguesas.
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"A investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann é liderada pela [polícia] portuguesa", vincou uma porta-voz da polícia de Leicestershire à Agência Lusa, que recusou comentar qual a contribuição feita pelos agentes britânicos neste caso.
Segundo o embaixador inglês em Lisboa na altura do desaparecimento de Madeleine McCann (2007), Alexander Wykeham Ellis, a polícia inglesa ajudou a encontrar provas contra os pais da menina, que foram constituídos arguidos e mas finalmente ilibados.
"Sem aprofundar nos detalhes do caso, Ellis admitiu que a polícia inglesa tinha desenvolvido as provas atuais contra os pais McCann, destacando que as autoridades dos dois países [Portugal e Reino Unido] estavam a cooperar", escreve o embaixador norte-americano, Alfred Hoffman, num telegrama descrito como "confidencial".
O documento, agora revelado pelo Wikileaks, relata uma conversa entre os dois diplomatas a 21 de Setembro 2007 sobre o caso, que na altura era alvo de grande atenção mediática no país.
A polícia de Leicestershire, que coordena a colaboração com a Polícia Judiciária por ser nesta região que reside a família McCann não confirma o conteúdo do telegrama nem se considera importante para a reabertura do processo.
"O nosso papel desde o primeiro dia tem sido, e continua a ser, coordenar e completar quaisquer investigações no Reino Unido e dar seguimento às diligências que tenham sido pedidas pelas autoridades portuguesas para serem concluídas no Reino Unido", disse a mesma fonte à agência Lusa.