O major Barreto, da GNR, fala por estes dias mais inglês que português. É "anfitrião" em Fátima de 11 oficiais de várias forças inglesas, que estão a ter lições para quando o Papa Bento XVI visitar o Reino Unido, em Setembro.
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Desde terça-feira que a Scotland Yard e polícias distritais acompanham como foi preparada e está a decorrer a operação de segurança da deslocação de Joseph Raztinger a Portugal, onde permanecerá até sexta-feira.
As visitas de líderes da religião católica a um território maioritariamente anglicano não são frequentes. E apesar de não se esperarem multidões, já se contam com riscos de um país que tem sido alvo de muitas acções terroristas.
"[a Inglaterra] Não terá multidões, mas terá riscos certamente diferentes dos que aqui existem. Até porque a Inglaterra em termos de exposição a situações terroristas será mais periclitante que o nosso país", lembrou o major Barreto à Agência Lusa.
Os oficiais ingleses estão a receber informação e a colher experiências sobre o policiamento de grandes eventos, como está a "suceder em Fátima".
A escolha dos 'professores' é explicada pelo responsável como o reconhecimento da GNR, "quer no campo das missões internacionais, quer do policiamento de grandes eventos".
As perguntas feitas até agora não se desviam do 'guião' que os próprios portugueses utilizam quando aprendem com seus os parceiros internacionais: "qual o conceito de operação; o porquê de ter tomado determinadas decisões em detrimento de outras e cuidados e precauções" nesta situação específica.
No decorrer da visita em Fátima, a partir das 17 horas de hoje, quarta-feira, é que poderão surgir "questões ou dúvidas mais pertinentes e interessantes", ou seja, que fujam à norma das questões debatidas entre polícias e militares.