Aproxima-se esse tempo em que nos podemos disfarçar por brincadeira, evadindo-nos para ensaiarmos novas personas e invertermos a ordem normal do dia a dia. É Carnaval, ninguém leva a mal. Mas porque o fazemos de verdade?
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De onde vem esse gosto que leva tantos a quererem colocar uma máscara e transformarem-se durante o Carnaval? Afinal, metemos ou tiramos, aproveitando uma época de evasão sem censura? O que diz de nós a escolha do que usamos para tapar o rosto? A celebração da folia a coberto do anonimato tem séculos, mas não perdeu o seu papel.
“O uso de máscaras é velho como o Mundo”, diz o sociólogo francês Jean-Martin Rabot, docente na Universidade do Minho, explicando que, nas sociedades primitivas, eram usadas nas cerimónias rituais e era através delas que, por exemplo, os vivos estabeleciam relações com o mundo dos mortos, dos espíritos. Em todas as civilizações antigas, da egípcia à grega e romana, as máscaras tinham um lugar.