A perceção geral mostra que há uma tendência de menos atividade sexual na faixa etária dos 15 aos 28 anos. As circunstâncias da vida e a tecnologia explicam este modo de estar.
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Há pesquisas assentes em evidências que sugerem que a geração Z, pessoas que têm entre 15 e 28 anos, está menos interessada em sexo do que as suas antecessoras. Há teorias apresentadas, razões esmiuçadas, explicações avançadas. A Internet não passa ao lado da questão. A pandemia também não.
“Alguns estudos sugerem que o acesso à Internet e às redes sociais pode desempenhar um papel, proporcionando uma alternativa de entretenimento e obtenção de prazer que pode ser mais atraente para os jovens do que o contacto físico”, refere Catarina Lucas, psicóloga clínica e terapeuta de casal. Andreia Vieira, psicóloga clínica do Grupo Trofa Saúde, também aborda esses fatores, o isolamento dos jovens, a ligação constante aos videojogos e às redes. “Enquanto na geração anterior para se conhecer alguém era necessário a pessoa sair frequentemente de casa, conviver, ir a festas, etc., apesar de aparentemente a Internet ter vindo a facilitar a interação social, esta muitas vezes restringe-se a isso mesmo, a uma interação virtual”, sustenta.