O movimento Porta a Porta, de defesa pela direito à habitação, acusou o Governo de ter agravado o problema da crise habitacional em 2024. No próximo ano, dizem em comunicado, prometem continuar com ações de luta por quem precisa de casa para viver.
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Com base em vários dados oficiais sobre os rendimentos, os custos das rendas e das casas em Portugal, o Porta a Porta aponta que os “preços não páram de subir” e os salários não conseguem fazer face aos custos da habitação. “Ao contrário do que se diz”, aponta o movimento, “não há um problema de oferta” no país.
“Há um problema de incapacidade financeira daqueles que vivem e trabalham em Portugal em obter casa a preços compatíveis com os salários, reformas e pensões praticados no nosso país”, acrescentam em comunicado. O preço médio casas novas já ultrapassa os 300 mil euros, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Críticas à banca
O grupo, que tem organizado vários protestos pelo direito à habitação, aponta críticas ao Governo, a quem acusa de ter “agravado o problema”. “Este processo de luta vai continuar em 2025”, dizem.
“A par disto contrasta o facto de 2024 preparar-se para vir a ser o ano mais lucrativo de sempre da banca, muito graças aos lucros gerados pelo crédito à habitação”, apontam. As críticas abrangem a Associação Lisbonense de Proprietários que, segundo o Porta a Porta, pede mais “medidas de desregulamentação do mercado”.