O antigo líder do CDS-PP, Paulo Portas, apelou, esta terça-feira, ao voto dos eleitores moderados na Aliança Democrática (AD) para evitar que os “extremistas” cheguem ao poder. E elogiou o líder do PSD, Luís Montenegro, por se ter mantido fiel à recusa de acordos com o Chega.
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“Há duas coisas que eu sei e estou a falar para os eleitores moderados, o fiel do equilíbrio do país: com Luís Montenegro, não haverá extremistas no Governo. Com Pedro Nuno Santos haverá extremistas no Governo. É uma grande diferença”, avisou Paulo Portas, num comício nas Caldas da Rainha.
Avisando que as eleições não estão ganhas, Portas pediu aos eleitores “cuidado” para não dispersarem os votos: “Não adormeçam sábado a pensar que este ciclo triste do PS vai acabar e não queiram acordar segunda-feira com Pedro Nuno Santos numa gerigonça a caminho porque, em vez de votarem na AD, dispersaram o seu voto”.
“Precisamos de ajuda de quem ainda não decidiu”, apelou o ex-ministro, lembrando que essa geringonça será com um PCP pró-rússia e um BE anti-NATO. Acresce que, segundo Paulo Portas, o PS usou o Chega, no Parlamento, para “tornar o PSD o mais invisível possível”. E o partido de André Ventura terá como aliados “Salvini, que usava uma tshirt que dizia i love putin, e a AFD alemã que não só é russófila como quer um referendo para sair da UE”.
De seguida, elogiou Montenegro. “Nunca se desviou dos principios que anunciou, foi criticado por isso, pagou até um preço por isso, mas foi coerente, costante, foi previsivel. Disse que só governa se ganhar, aceita governar em maioria relativa e não haverá acordos com extremistas”, vincou.