A Misericórdia do Porto lançou uma campanha “Porto Acolhe” para o acolhimento familiar de crianças e jovens em risco. Várias famílias estão já a receber formação para acolher crianças até agora institucionalizadas, mas os responsáveis pela instituição esperam que mais famílias respondam ao repto para acolher menores. .
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Tal como já acontece em Lisboa, a Misericórdia do Porto passou a integrar na sua oferta de serviços de apoio social o acolhimento familiar, “uma nova tipologia de apoio a crianças e jovens em risco, sendo uma solução mais adequada às atuais necessidades e perfil geracional de quem dela necessita”, lê-se no site.
O projeto vai envolver agregados familiares residentes nos concelhos do Porto, Gaia, Maia, Matosinhos e Valongo e o processo de certificação de uma família demora cerca de 5 meses. “O acolhimento familiar não é, nem nunca poderá transformar-se, num processo de adoção, privilegiando-se sempre o regresso às famílias de origem”, refere o documento de divulgação do projeto.
Em Portugal, apenas 3% dos acolhimentos de crianças e jovens acontecem em famílias. Comparativamente, em Espanha, o número é de 60% e na Irlanda de 90%. “Acreditamos que as pessoas do Porto são naturalmente solidárias e genuinamente preocupadas com os mais vulneráveis”, refere a Misericórdia, finalizando que “muitas famílias querem ter uma participação ativa na resolução dos problemas da sociedade, mas, muitas vezes, não sabem como o fazer”.