Portugal desaconselhou este sábado as viagens para a Ucrânia que não sejam estritamente essenciais, devido à tensão militar crescente junto às fronteiras com a Rússia, e sugeriu a quem se encontre em território ucraniano que pondere "sair temporariamente do país".
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"Devido à tensão militar crescente junto às fronteiras da Ucrânia, não sendo de excluir um agravamento da situação de segurança, desaconselham-se as viagens para a Ucrânia que não sejam estritamente essenciais", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, num aviso publicado no Portal das Comunidades Portuguesas.
Além dessa indicação, sem natureza vinculativa e suscetível de alteração a qualquer momento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros aconselhou que os cidadãos que se encontrem atualmente na Ucrânia e "se a sua presença não for absolutamente necessária" ponderem "sair temporariamente do país".
"Não se recomendam quaisquer viagens para a região do Donbass [no sudeste da Ucrânia] ou para zonas próximas da fronteira com a Federação Russa e com a Bielorrússia", avisou o Governo português.
Além de Portugal, outros países pediram aos seus cidadãos na Ucrânia para que deixem o país.
A lista inclui Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Espanha, Israel, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Iraque, Kuwait e Itália.
Estes apelos seguiram-se à declaração dos Estados Unidos de que a Rússia poderá invadir a Ucrânia "a qualquer momento" nos próximos dias.
A Rússia nega a sua intenção de invadir a Ucrânia, mas continua a aumentar a sua presença militar na fronteira do país vizinho.