Cabe a Espanha apurar as causas do descarrilamento do comboio espanhol, mas Portugal pôs os técnicos do Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários, assegurou ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.
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O descarrilamento do comboio Celta, que liga o Porto a Vigo através da Linha do Minho, aconteceu já do lado espanhol da fronteira, próximo de O Porriño. Ao final da manhã desta sexta-feira, Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, disse que, "tendo o acidente acontecido em Espanha, a responsabilidade pelo inquérito é das autoridades espanholas de investigação".
Apesar disso, assegurou que Portugal já pôs à disposição equipas técnicas da Infraestruturas de Portugal e do Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários.
No final de uma reunião com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Pedro Marques adiantou que falou ainda na manhã desta sexta-feira como homólogo espanhol, que lhe assegurou que o comboio descarrilado tinha todas as condições técnicas para circular, incluindo "as revisões em dia". A máquina, confirmou, é propriedade da Renfe, a empresa ferroviária espanhol.
O governante enviou os seus sentimentos à família do maquinista, falecido no desastre, e assegurou que receberá apoio psicológico ainda esta sexta-feira, bem como ajuda de futuro.
O comboio servia a linha Celta, que liga o Porto a Vigo, e descarrilou a meio da manhã. A linha funciona com material circulante propriedade da Renfe espanhola e é uma operação conjunta de Portugal e Espanha.