Europa recebeu 535 mil pedidos de asilo no ano passado, um aumento de 28% face a 2020, dos quais 54% provenientes da Ásia, 25% de África, 10% europeus e 9% da América.
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O gabinete de estatística da Comissão Europeia revelou, esta quarta-feira, que a União Europeia (UE) recebeu, no ano passado, mais 28% de pedidos de asilo face ao ano anterior, num total de 535 mil processos. Portugal está entre os últimos nove países com menos pedidos (1350), sendo a Alemanha, com 148175 processos, o país mais procurado pelos refugiados.
De acordo com o Eurostat, mais de metade (54% ou 288005) dos pedidos de asilo do ano passado respeitam a cidadãos provenientes da Ásia: 34% da Síria, 29% do Afeganistão, 9% do Iraque, 7% do Paquistão e outros tantos do Bangladesh. Desde 2013 que a Síria é o país de origem da maioria dos refugiados que pedem asilo na UE. Sírios, afegãos e iraquianos foram, no ano passado, o grupo que mais pedidos fizeram à Alemanha.
Mais de um quarto (28%) dos pedidos de asilo na UE destinou-se à Alemanha em 2021, seguindo-se a França (19%, 103790 pedidos), a Espanha (12% ou 62050 pedidos), a Itália (8% com 43900 pedidos) e a Áustria (7% referentes a 36725 processos). "Estes cinco países foram responsáveis por quase três quartos dos pedidos de asilo na UE", nota o Eurostat.
Portugal surge em 23.º lugar (ou em nono a contar do fim, só à frente de Malta, República Checa, Islândia, Letónia, Eslováquia, Liechtenstein, Estónia e Hungria), com apenas 1350 pedidos de asilo - ainda assim, mais 450 do que em 2020 e menos 400 do que os 1735 de 2019.
Em comparação com a população de cada Estado-membro, nota o Eurostat, o número mais elevado de pedidos de asilo registou-se, em 2021, no Chipre (14799 por milhão de habitantes), seguindo-se a Áustria (4111) e a Eslovénia (2474). No global, a UE recebeu 1196 pedidos de asilo por milhão de habitante.