Portugal registou uma taxa de recuperação de resíduos de cerca de 65% em 2020, valor que se situa acima da média da União Europeia (cerca de 60%). A quantidade de resíduos recuperados aumentou mais de 300 milhões de toneladas entre 2004 e 2020, na UE.
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De acordo com os dados do Eurostat publicados hoje, Portugal registou uma taxa de reciclagem de cerca de 45% em 2020. Este valor também coloca Portugal acima da média europeia no que diz respeito à reciclagem, que neste momento se situa em torno dos 40%.
Relativamente aos valores da União Europeia, a recuperação de resíduos aumentou de forma significativa nos últimos 18 anos, passando de 870 milhões de toneladas em 2004, para 1 221 milhões de toneladas em 2020. Em consequência, a participação da recuperação dos resíduos no tratamento - que inclui reciclagem, valorização energética e aterro controlado - também aumentou, passando de 46% em 2004 para 60% em 2020.
Por outro lado, a eliminação de resíduos diminuiu, passando de 1 027 milhões de toneladas em 2004, para 808 milhões de toneladas em 2020. Isto significa que o descarte dos resíduos passou de 54% para 45% no período homólogo.
O Eurostat acrescenta que, em 2020, foram tratadas um total de 2 029 milhões de toneladas de resíduos na União Europeia. Mais de metade desse valor (60%) foi recuperado: 39% foi reciclado, 15% foi para o aterro controlado e 6% destinou-se à recuperação energética. Os 40% restantes foram descartados: 31% foram para o aterro sanitário, 1% foi incinerado e 8% foi descartado de outras formas.
Os países que registaram as maiores taxas de reciclagem foram a Itália (83%), Bélgica (74%), Eslováquia (64%) e Letónia (64%). Em contrapartida, os países que mais descartam os resíduos foram a Roménia (93%), Bulgária (92%), e Finlândia (84%).