O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira, em Copenhaga, que Portugal vai dar à Ucrânia um apoio financeiro semelhante àquele que deu este ano. A garantia foi deixada no final de um encontro "produtivo" com Volodymyr Zelensky, no âmbito da cimeira anual da Comunidade Política Europeia, que decorreu na Dinamarca.
Corpo do artigo
"Tivemos ocasião de trocar alguns pontos de vista sobre o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia, sobre o apoio militar, logístico, político e também financeiro que Portugal tem vindo a materializar e que, tive a ocasião de transmitir ao presidente Zelensky, se vai repetir no próximo ano, num valor nunca inferior àquele que tivemos em 2024, ou seja, um apoio de, pelo menos, de 220 milhões de euros", afirmou o chefe de Governo, assegurando que apesar do apoio militar, a expectativa é haver um acordo de paz "justo, duradouro e com garantias de segurança".
Por considerar que a paz da Ucrânia se obtém com o "enfraquecimento económico" de Moscovo, Montenegro mostrou abertura para acelerar o fim da importação de gás natural liquefeito russo, não se comprometendo, porém, com um prazo. "Portugal está pronto para fazer esse esforço, como está, sobretudo, empenhado em poder dinamizar ainda mais a sua produção de energia, que é exclusivamente de fonte renovável", sustentou.
Na rede social X, Zelensky agradeceu a Portugal o "apoio consistente à Ucrânia desde o início da invasão russa em larga escala, em particular pelo apoio financeiro ao projeto Escolas de Super-heróis". "É muito importante para nós e para o nosso povo", frisou o presidente ucraniano.
Em Copenhaga, Luís Montenegro participou numa mesa redonda com líderes europeus sobre imigração e reforçou que as decisões do Governo vão no sentido de "ter fluxos migratórios mais regulados, com contrato de trabalho", para garantir uma imigração "regulada, legal e de dignificação de pessoas", não só em Portugal, mas também no espaço europeu.