O chefe do Estado-Maior da Armada disse hoje que há um "trânsito cada vez mais intenso" de navios russos na costa de Portugal e que recentemente cruzou águas portuguesas uma embarcação dedicada à espionagem. A Marinha acompanha este fluxo de navios russos com apertada vigilância.
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"Há um trânsito nas nossas águas de navios da federação russa, um trânsito cada vez mais intenso, de Norte para Sul e de Sul para Norte", afirmou o almirante Henrique Gouveia e Melo aos jornalistas hoje no Alfeite, em declarações transmitidas pelo canal de televisão CNN.
Segundo o almirante, num período muito curto passaram em águas portuguesas três navios de guerra (duas fragatas e uma corveta), dois navios reabastecedores, três navios de pesquisa científica e ainda "um navio que faz espionagem, normalmente espionagem eletrónica".
Gouveia e Melo explicou que a Marinha acompanha este fluxo de navios russos com apertada vigilância.
"A nossa resposta a isso é segui-los, controlá-los, mantê-los sob pressão constante com a nossa presença também constante", afirmou aos jornalistas.
O almirante Gouveia e Melo esteve hoje presente, na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, na chegada do navio D. Francisco de Almeida.
A fragata, com uma guarnição de 167 militares, participou numa missão da NATO (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte).