O Governo esclareceu, esta quinta-feira, em comunicado, que não vai pedir mais empréstimos para financiar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O prazo para ainda pedir mais 8,3 mil milhões (o dinheiro ainda disponível) da bazuca termina esta quinta-feira.
Corpo do artigo
“Face à avaliação das manifestações de interesse conhecidas de investimento estratégico para o país, ao seu estado de maturidade e calendários de implementação, e o calendário de execução do PRR até 2026, o Governo decidiu que não haverá acréscimo aos investimentos e reformas já em negociação com a Comissão Europeia”, lê-se no comunicado enviado às redações.
Tal como o JN noticiou, Portugal ainda tinha 8,3 mil milhões de euros em empréstimos do PRR por pedir à Comissão Europeia. Dos 14,2 mil milhões a que tinha direito, foram aprovados 2,7 mil milhões iniciais e 3,2 mil milhões da reprogramação estão em avaliação.
"O projeto de reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê um acréscimo de 5,6 mil milhões de euros, passando a dotação máxima de 16,6 mil milhões para 22,2 mil milhões de euros", acrescentou a tutela.
Em comunicado, o Governo esclareceu que com esta reprogramação, "o PRR nacional passa de um total de 115 para 156 medidas, de 31 para 43
reformas e de 83 para 113 investimentos, associados a um total de 501 metas a cumprir até ao 1.º semestre de 2026".
Foi ainda anunciada a criação de “um mecanismo contratual de investimentos estratégicos” para “responder às manifestações de interesse, designadamente em áreas como os microchips, indústria verde e mobilidade sustentável, cuja concretização ultrapassa o horizonte temporal do PRR”.
O prazo estabelecido pela Comissão Europeia para os estados-membros reclamarem a totalidade dos empréstimos termina esta quinta-feira à meia-noite.