Zelensky sugeriu força militar própria da Europa. Realidade não antecipa uma integração fácil, diz quem conhece as Forças Armadas.
Corpo do artigo
A adesão de Portugal a um exército comum europeu colocaria a nu as fragilidades das Forças Armadas (FA). A conclusão é de especialistas em Defesa ouvidos pelo JN, que duvidam da capacidade técnica e estratégica nacional devido à escassez e degradação do material militar e pelo baixo número de efetivos das FA, que ronda os 24 mil elementos nos três ramos: Exército, Força Aérea e Marinha.
“Faltam mísseis e também artilharia de campanha de médio e de longo alcance, além de que a aplicação de drones ainda é insuficiente. São lacunas que nos colocam aquém do ideal perante os congéneres europeus”, aponta o tenente-coronel João Alvelos, do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT). “Dominamos a técnica, não temos é o resto. Outra das preocupações é o insuficiente número de militares no ativo para as necessidades”, sublinha.