Estudos provam que se o dador tiver entre 18 e 30 anos aumenta a sobrevivência do doente e diminui o risco de complicações tardias. Registo nacional de dadores de medula óssea é dos maiores do Mundo, mas está envelhecido.
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O registo nacional de dadores de medula óssea é um dos maiores do Mundo, mas está envelhecido. Apenas 5% dos inscritos têm menos de 30 anos, quando há cada vez mais estudos que provam que se o dador for jovem, idealmente até aos 30 anos, e do sexo masculino o doente transplantado tem melhores resultados ao nível da sobrevivência e complicações tardias graves. O rejuvenescimento dos registos é uma preocupação internacional e há países a antecipar a idade de inscrição (18 anos em Portugal) para os 16 e 17 anos. Por cá, a ideia não é descartada, mas a prioridade é captar os jovens, desconstruindo mitos à volta desta dádiva. O tema serve de mote aos debates que decorrem hoje no IPO do Porto, no âmbito do Dia Mundial do Dador de Medula Óssea.
O Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE) tem cerca de 388 mil dadores inscritos. São menos do que no final do ano passado (393 mil) e apenas 19 mil (5%) têm idade inferior a 30 anos, segundo dados enviados ao JN pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST).