
A partir desta segunda-feira, quem entrar em Espanha por alguma fronteira terrestre sem um teste negativo, sem vacina ou sem provas de que já recuperou da covid-19 arrisca pagar uma coima de até três mil euros
José Mota / Global Imagens
Lei que exige comprovativo de vacinação, de recuperação da doença covid-19 ou de teste negativo aos turistas para entrarem em Espanha por via terrestre apanhou de surpresa os autarcas portugueses e galegos.
Segundo o diretor do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho, Fernando Nogueira, os autarcas de municípios dos dois lados da fronteira estiveram em contacto ao longo do dia de hoje e até ao final da tarde, mas continuam a desconhecer oficialmente a legislação aprovada no fim de semana e já em vigor pelo Governo espanhol
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Fernando Nogueira manifestou a sua indignação, tanto em relação às novas medidas como à forma como foram decididas e estão a ser colocadas no terreno.
Mais uma trapalhada
"É mais uma trapalhada e que, mais uma vez, prejudica as relações transfronteiriças e põe em causa a nossa economia", declarou ao JN, referindo que os municípios membros do AECT (são 26 municípios no total: dez do distrito de Viana do Castelo e 16 pertencentes à província de Pontevedra, na Galiza) foram "surpreendidos, esta segunda-feira, pelas notícias".
"Não duvidamos da Imprensa, como é óbvio, mas isto é tudo muito estranho. Oficialmente, as autarquias, seja do lado de lá, seja de cá, nada sabem. Não fomos informados", disse, comentando que a exigência de comprovativo para entrar em Espanha, sob pena de multa, deverá prejudicar o grande movimento de portugueses que, diariamente, se deslocam nas fronteiras da região para fazer compras, turismo e lazer.
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