A taxa de positividade esteve nos 18,3% entre 20 e 26 de janeiro, acima do limiar de 4% definido pelas autoridades de saúde.
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A corrida aos testes de rastreio à SARS-CoV-2 não parou. É o que nos dá conta o último relatório das "linhas vermelhas" do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), que indica que foram feitos 2 102 547 testes (antigénio e PCR) em sete dias. De 20 a 26 de janeiro, a "fração de casos com resultado positivo notificados" foi de 18,3% (acima dos 15,5% da semana passada). E muito superior ao limiar de 4% definido pelas autoridades de saúde.
Os especialistas da DGS e do INSA precisam que os números devem ser interpretados "tendo em conta as recomendações de testagem em vigor", que apelam ao rastreio regular. O Governo prolongou na quinta-feira a comparticipação a 100% de quatro testes de antigénio por utente, até ao final de fevereiro. Na semana passada foram feitos 1 840 967 testes.
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Mortes aumentam
A mortalidade específica por covid-19 aumentou 39% numa semana, registando 52,2 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes. "Este valor corresponde a uma classificação do impacto da pandemia como muito elevado", escrevem o INSA e a DGS no relatório.
Já o número de doentes internados nos cuidados intensivos apresenta uma "tendência estável": está nos 58% do limiar definido como crítico (255 camas ocupadas).
O boletim da DGS desta sexta-feira mostra que todo o território continental (306 concelhos) está no nível extremo de contágio por SARS-CoV-2, ou seja, com 960 casos de covid-19 por 100 mil habitantes a 14 dias. Apenas dois concelhos dos Açores escapam a este patamar. São eles o Corvo (426 casos) e a Calheta (855).
Há alterações significativas face ao boletim de 21 de janeiro. Como, por exemplo, 107 concelhos têm mais do que seis mil casos de infeção por 100 mil habitantes a 14 dias. Na semana anterior eram só 32 locais.
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Norte e Centro piores
No topo dos concelhos com mais casos estão Cabeceiras de Basto (11 213 casos), Câmara de Lobos (10 960), São João da Madeira (10 222) e Vizela (10 030). Várias localidades da Madeira estão em níveis altos de infeção: Ribeira Brava (9736), Funchal (8776) e Santa Cruz (7521).
Alguns locais no Norte e no Centro ocupam também os lugares com mais incidência cumulativa, como Guimarães (9936), Braga (9905), Albergaria-a-Velha (9545), Arouca (9239) e Fafe (9231). A incidência nacional chegou aos 6130,9 casos.