Trabalho sobre transtorno do espectro do autismo e outro sobre cancro de mama valem recompensa de 25 mil euros cada, no mais prestigiado concurso de ciências da saúde em Portugal.
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Já são conhecidos os vencedores da 63.ª edição dos prémios Pfizer, que serão entregues esta quinta-feira, às 18 horas, no Teatro Thalia, em Lisboa.
O prémio de investigação básica foi atribuído à equipa do investigador principal João Peça, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, pelo trabalho de pesquisa relativa a genes que intervêm no transtorno do espectro do autismo, nomeadamente mutações que, futuramente, poderão ser procuradas para testes de terapias (IB1: Abnormal mGluR-mediated synaptic plasticity and autism-like behaviours in Gprasp2 mutant mice).
Relativamente à distinção pela investigação clínica, a distinção foi para a equipa de Guadalupe Cabral, professora e investigadora do Centro de Estudos de Doenças Crónicas, da Nova Medical School/Faculdade de Ciências Médicas, pelo trabalho sobre marcadores preditivos da resposta à quimioterapia neoadjuvante do cancro da mama (IC8: HLA-DR in Cytotoxic T Lymphocytes predicts breast cancer patients' response to neoadjuvant chemotherapy). Só metade dos doentes respondem a esta quimioterapia pré-cirurgia, mas a investigadora procurou identificar marcadores que permitem antever se vale a pena optar por um tratamento tão agressivo.
O valor dos prémios, este ano, ascende a 25 mil euros para cada categoria, representando um aumento face ao ano passado, em que as compensações foram de 20 mil euros.