Prescrições erradas a doentes crónicos obrigam a regressar ao centro de saúde

As novas regras da prescrição e da dispensa dos medicamentos para doenças crónicas na farmácia complicaram a vida a utentes, médicos e farmacêuticos. As alterações no sistema PEM (prescrição eletrónica de medicamentos) estão a deixar os médicos de família de cabeça em água, obrigando a múltiplos cliques e a correções permanentes. Há receitas a sair com 500 embalagens, há outras que obrigam os utentes a voltar a contactar o centro de saúde para serem corrigidas. Para minorar estas situações, foi ontem reativada uma exceção que permite ao utente levantar os fármacos necessários para dois meses, mesmo que a posologia indicada esteja errada.

A portaria que definiu as novas regras de prescrição e dispensa de medicamentos saiu em agosto e previa 90 dias para adaptação das ferramentas informáticas. De forma a permitir a prescrição da medicação crónica para 12 meses com a respetiva dispensa nas farmácias comunitárias do número de embalagens necessário para cada dois meses. As alterações entraram em vigor a 25 de outubro e, desde então, registam-se dificuldades.