Presidente da Câmara de Kiev afirma que guerra na Ucrânia "é genocídio, é terrorismo"
Vitali Klitschko, presidente da Câmara de Kiev, agradeceu, esta manhã de terça-feira, em Lisboa, o apoio de Portugal à Ucrânia e lamentou as vidas de ucranianos perdidas. "Não é uma guerra. É genocídio, é terrorismo. Morreram civis e crianças. Quero agradecer muito a todos os que apoiam a Ucrânia", afirmou, na Câmara de Lisboa, onde recebeu a Chave de Honra da Cidade de Lisboa.
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Antes de dar a palavra ao homólogo, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse que "estamos aqui para te dizer que Lisboa estará sempre contigo". Moedas recordou uma visita que fez a Kiev, em 2015, e disse que a Ucrânia já faz parte da União Europeia. "Fui um dos primeiros a ir a Kiev e lembro-me de, nessa altura, sentir que as pessoas queriam ser europeias, queriam fazer parte da União Europeia. Vocês são parte da União Europeia, são parte de nós", referiu Moedas, salientando que a visita de Vitali Klitschko é "símbolo de liberdade e de superação".
"És um homem com coragem, incrível, não apenas um homem de família. As tuas histórias são as nossas histórias", elogiou ainda Moedas, num manifesto claro de apoio à Ucrânia.
Moedas lembrou que a Câmara de Lisboa "esteve desde a primeira hora" ao lado dos ucranianos. "Estivemos aqui na primeira noite, 24 de fevereiro (quando começou a guerra na Ucrânia), e fomos àquela janela gritar: 'Estaremos sempre com a Ucrânia'. Foi exatamente aqui que decidimos lançar o centro de acolhimento (para refugiados ucranianos) em Lisboa. Por lá passaram 2500 pessoas, fornecemos 23 mil refeições", informou.
Depois de receber a Chave de Honra, Vitali Klitschko, presidente da Câmara de Kiev, lembrou que esta é "a maior guerra na Europa, depois da II Guerra Mundial" e manifestou mais uma vez vontade de o país invadido pela Rússia fazer parte da União Europeia.
"Queremos ser parte da União. Queremos ser um país democrático. Queremos fazer parte da família europeia que dá importância aos direitos humanos", afirmou, lamentando o principal obstáculo. "Mas Putin não quer. Putin quer alienar a Ucrânia e tudo fará para devolver a Ucrânia à Rússia".