Miguel Seabra apresentou esta terça-feira a demissão da presidência da Fundação para a Ciência e Tecnologia. O ministro da Educação, Nuno Crato, já aceitou o pedido.
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Miguel Seabra invocou "razões pessoais" para abandonar o cargo. Os restantes membros da direção da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) mantêm-se em funções.
No comunicado divulgado esta terça-feira, o Ministério da Educação e Ciência "agradece a contribuição do professor Miguel Seabra ao longo dos quase três anos e meio em que esteve à frente da FCT. Num período de especiais dificuldades para o país, a FCT honrou todos os compromissos plurianuais do passado, executou com eficiência os reforços orçamentais de cerca de 300 milhões de euros de que beneficiou entre 2012 e 2015".
Paralelamente, esta terça-feira foram divulgados novos cortes aplicados pela FCT no financiamento dos centros de investigação, sendo que nos avaliados com as melhores notas as reduções podem atingir os 400 mil euros. O problema, noticia esta terça-feira o jornal Público, é que a Fundação eliminou uma parcela do financiamento que estava prevista nos regulamentos e os 167 centros só receberam a dotação referente ao "financiamento estratégico". As verbas, recorde-se, destinavam-se ao funcionamento das unidades de investigação até 2020 e o corte foi transversal a todas.