Karl Filip, presidente da OASC, a rede global Open & Agile Smart Cities & Communities, elogia o trabalho de várias Smart Cities portuguesas. O primeiro orador principal da conferência de hoje considera que o Porto “está na vanguarda do desenvolvimento de cidades inteligentes na União Europeia desde 2014”.
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Com a Porto Digital, “o Porto tem estado envolvido em muitos projetos de cidades inteligentes/transformação digital e é considerada a nível europeu uma das cidades pioneiras”. Tanto “no conteúdo - mudanças climáticas, habitação, mobilidade, energia, planeamento urbano, quanto do lado tecnológico - infraestruturas digitais, plataforma de dados abertos, plataforma de dados urbanos para apoiar a tomada de decisões, entre outros”, afirmou ao JN.
Defende plataforma comum
O presidente da OASC realça também Lisboa, “tem estado muito ativa nos últimos seis, sete anos em aplicações centradas no cidadão”. O seu ângulo “centra-se, por um lado, na melhoria dos serviços digitais ao serviço das pessoas e, por outro, no desenvolvimento de geminação digital para visualizar dados setoriais em tempo real, no domínio da mobilidade, da energia, de fenómenos meteorológicos extremos e dos riscos de inundação”.
Na lista de Karl estão ainda “Braga, Aveiro e Fundão (smart rural city), também bastante ativas na criação de living labs, dados IoT e estímulo à inovação, também com o objetivo de atrair investimentos”.
O especialista considera que “faz sentido reunir as experiências, os ativos e as capacidades das diferentes cidades pioneiras portuguesas para criar uma plataforma comum, com partilha técnica e de conhecimento, para avançar ainda mais neste caminho, sob a orientação e com o apoio da Agência de Modernização Administrativa (AMA)”.
Próximos desafios
Karl Filip defende que dois dos principais desafios que se colocam hoje às Smart Cities são a “maturidade digital”, que passa por “acompanhar as novas evoluções tecnológicas e incorporá-las na estratégia digital da cidade para servir o bem-estar dos cidadãos”, mas também a “quebra de barreiras nas organizações públicas, entre as autoridades locais e outros níveis de governo, entre o setor público e o privado, para poder obter mais dados que sustentem melhores decisões e tragam mais valias para os cidadãos”.