O presidente da República promulgou este domingo o decreto do Governo que declara luto nacional por três dias pelas vítimas do incêndio no distrito de Leiria, anunciou a Presidência da República.
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Nos três dias de luto nacional (18, 19 e 20), a bandeira nacional deve ser içada a meia haste em todos os edifícios públicos e encontram-se impedidos todos os festejos organizados ou promovidos por entidades públicas.
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"Em consequência, toda a programação dos próximos dias da agenda presidencial foi anulada e a bandeira nacional está a meia haste no Palácio de Belém", refere a mesma nota.
Numa declaração ao país, no Palácio de Belém, às 20.30 horas, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que vai voltar a Pedrógão Grande já na segunda-feira, depois de ter estado no local no sábado à noite e madrugada de domingo.
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"Uma só morte nestas circunstâncias é uma tragédia. Tantas dezenas de mortes nestas circunstâncias representa uma tragédia quase sem precedentes no país", declarou
É tempo de "combate, alojamento, reconstrução", frisou, dando conta de "testemunhos amigos" que a Presidência recebeu, como são exemplos o Papa Francisco, o rei de Espanha, o presidente da União Europeia e o presidente da Colômbia, que cancelou a visita de Estado que estava prevista a Portugal na terça-feira.
Marcelo confessou ainda um "sentimento de injustiça" face às vidas perdidas no incêndio de Pedrógão Grande, uma zona com muita população idosa "mais difícil de contactar, de proteger e de salvar".
O incêndio no distrito de Leiria deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal de Pedrógão Grande, e alastrou-se aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, obrigando a evacuar povoações ou deixando-as isoladas.
Segundo o último balanço, o incêndio provocou 61 mortos e já entrou no distrito de Castelo Branco, na zona da Sertã.