Preço não passou dos 58 cêntimos por quilo. Espera que os santos populares venham compensar os orçamentos de um 2023 mau para o setor.
Corpo do artigo
“Não compensa andar ao mar!”, atira Esmeraldo Gonçalves, enquanto coloca mais um cesto de sardinha no empilhador. O “Ilídio Martins” foi para o mar à 1 hora. Chegou às 8 horas. Trouxe o máximo que podia: 200 cabazes. Mas o peixe “era miúdo” e acabou vendido para a conserva, na lota de Matosinhos, a 13 euros o cabaz (22,5 quilos). Contas feitas, não chega a 58 cêntimos o quilo. No primeiro dia da época da sardinha, houve fartura, mas de sardinha “magra e curta”. Ainda assim, há quem veja na abundância “um primeiro bom sinal” para a época, que agora começa. Este ano, há 29 560 toneladas para pescar.
“Vendemos a 13 euros o cabaz. Nesta fase inicial e para o tamanho do peixe, até não foi muito mau. É para a fábrica [de conservas]”, explicou, ao JN, Manuel António Casal. O contramestre do “S. João Batista”. Esta setxa-feira de manhã, na lota de Matosinhos, mudava o nome do barco, repetia-se o cenário. A sardinha saiu quase toda para as conserveiras.