Mulheres grávidas com partos marcados em hospitais privados que testem positivo ao novo coronavírus estão a ser reencaminhadas para unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A Entidade Reguladora da Saúde recebeu queixas sobre este tipo de procedimento e está a analisá-las.
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Segundo avança a edição desta quinta-feira do Público, a CUF, por exemplo, assegura garantir a prestação de cuidados de saúde a grávidas infetadas apenas em situações clínicas de emergência. No caso dos partos programados, as pacientes são transferidas "para as unidades de referência covid-19".
Uma grávida citada pelo mesmo jornal e acompanhada na CUF Descobertas, em Lisboa, revela só ter sido avisada pela obstetra sobre o procedimento semanas antes do parto. As maternidades CUF garantem, ainda assim, que, dos 2117 nascimentos realizados desde março, só foi preciso transferir três grávidas.
Já o grupo Luz Saúde aceita fazer partos a grávidas que testem positivo apenas numa das suas seis maternidades: a da Luz, em Lisboa, única que, no final de março, ficou sinalizada pela DGS como hospital covid. O mesmo acontece no grupo privado Lusíadas, com os partos (quer de urgência quer programados) a serem efetuados apenas na unidade de Lisboa.
De referir que a DGS afirma desconhecer a situação concreta dos privados que estão a fazer as transferências das grávidas, "não podendo por isso ser emitido um parecer formal".