Chama-se "Professores do Futuro", é um projeto da empresa Educa-te e tem como objetivo capacitar docentes em várias áreas. Em janeiro, o projeto vai lançar um curso de inteligência artificial para desafiar quem ensina a incluir estas ferramentas no planeamento de aulas, no desenvolvimento de atividades e na avaliação.
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A Educa-te também está a desenvolver uma ferramenta de inteligência artificial, que "visa apoiar os docentes nas suas atividades diárias e na gestão dos seus alunos". Agilizar tarefas administrativas, apoiar na criação de conteúdo educativo e otimizar a preparação de aulas são alguns dos objetivos da ferramenta. A expectativa é que seja lançada em janeiro. O projeto foi apresentado esta quarta-feira, em Lisboa.
"O 'Professores do Futuro' tem como objetivo capacitar professores. Capacitar professores não é apenas dar formação. É tudo aquilo que significa ajudar um professor a ser melhor no seu trabalho, a estar melhor no seu dia-a-dia, a ser mais feliz. No 'Professores do Futuro' estamos muito focados em identificar todos os problemas que se relacionam com esta temática e encontrar soluções para os resolver", explicou ao JN Rodrigo Castro, CEO da Educa-te e fundador do projeto "Professor do Futuro".
O projeto vai avançar, em janeiro, com uma formação de inteligência artificial para docentes. O curso terá a duração de seis semanas e as aulas serão à distância, num molde diferente do que acontece nas escolas portuguesas. Os professores serão desafiados a usar ferramentas de inteligência artificial no planeamento das aulas, no desenvolvimento de atividades e na avaliação dos alunos. Terão passos que os ajudem a cumprir objetivos e uma equipa de suporte online. Quem se quiser inscrever poderá fazê-lo no portal do projeto "Professores do Futuro". De acordo com Rodrigo Castro, a formação tem o custo de 300 euros, mas como será o ano de lançamento, os participantes terão um desconto de 50% em 2024. A par desta formação, haverá mais três. Todas dedicadas a inteligência artificial.
"Sabemos que este é um tema emergente e existe uma falta muito grande de capacitação digital nos professores", referiu Rodrigo Castro, adiantando que, em 2024, vão ainda ser abordados outros "temas que são tão ou mais relevantes". É o caso de competências socioemocionais, da relação professor e aluno, literacia digital, ferramentas de aumento de produtividade, entre outras.
A par das formações, a empresa Educa-te, que nasceu da vontade de Rodrigo Castro em contribuir para "um sistema de educação que precisa de uma reforma, uma transformação, uma evolução", também tem mais projetos em carteira. Um deles, já em desenvolvimento, prende-se com a criação de uma ferramenta de inteligência artificial destinada aos docentes. Segundo Rodrigo Castro, a ferramenta está em fase de protótipo, mas a expectativa é que seja lançada em janeiro.
"Estamos a desenvolver uma ferramenta para que os professores se sintam apoiados no seu dia-a-dia. Os professores estão muito sozinhos, com muita responsabilidade, muitas decisões difíceis para tomar e pouco apoio. Esta ferramenta que estamos a desenvolver tem como principal objetivo facilitar a vida ao professor", detalhou Rodrigo Castro.