Professores protestaram, este sábado, por a GNR ter fiscalizado autocarros em que seguiam rumo a Lisboa. Ao JN, a GNR disse que a ação se enquadra na operação desta semana "Passageiros em Segurança".
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Vários docentes, em dia de protesto em Lisboa, manifestaram o seu descontentamento nas redes sociais, duas semanas após denúncias semelhantes, e publicaram fotos da área de serviço de Leiria. "Depois venham dizer que não mandam parar os autocarros", refere uma das publicações no Facebook, acompanhada de diversas imagens e de um vídeo, em que se retrata a operação de fiscalização junto de um veículo oriundo de Seia. "Um claro e (descarado) impedimento ao direito de exercício cívico de manifestação", lê-se num dos comentários, enquanto outros consideram tratar-se de uma ação "pidesca", responsabilizando o Governo.
Contactada pelo JN, a GNR garantiu que não se tratou de qualquer ação direcionada para os professores, mas sim integrada na operação "Passageiros em Segurança", que está a realizar durante esta semana junto de transportes rodoviários de passageiros, como autocarros, táxis, TVDE, entre vários outros. E sublinhou ainda que, neste sábado, há um jogo de futebol de alto risco, Sporting-Porto, no Estádio Municipal de Leiria.
Fonte oficial da GNR, que contou ter dado o mesmo esclarecimento aos porta-vozes da manifestação que a contactaram, remeteu para o comunicado do passado 22, onde se lê que "a Guarda Nacional Republicana realiza, no período de 23 a 29 de janeiro, uma operação de fiscalização seletiva de transportes rodoviários de passageiros, orientando as ações de fiscalização para as vias onde se verifica um maior volume de tráfego deste tipo de veículos, para promover o aumento da segurança rodoviária, a melhoria das condições de trabalho e a promoção da concorrência leal no setor dos transportes, em todo o território nacional continental".
A GNR destacou que a operação "Passageiros em Segurança" abrange o transporte de passageiros em regime TVDE; o transporte público em veículos pesados de passageiros; os táxis; o transporte de crianças e jovens até aos 16 anos; e o transporte de passageiros em veículos afetos a animação turística.
Do mesmo modo, anunciou no comunicado que a operação incide nas regras em matéria de tempos de condução, pausas e períodos de repouso para os condutores, bem como no transporte de trabalhadores agrícolas, na condução sob efeito de álcool, estupefacientes e substâncias psicotrópicas, e ainda na falta de utilização do cinto de segurança.