Iniciativa de digitalização ajuda a combater o isolamento dos mais velhos. O projeto piloto está em funcionamento em duas instituições nacionais. Uma das responsáveis, Sandra Silva, acredita que a monitorização dos utentes à distância é cada vez mais benéfica.
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Um projeto piloto que visa utilizar a tecnologia como uma ferramenta no apoio a idosos já está implementado em duas instituições, em Paços de Ferreira e Sesimbra, há quase um ano e para a diretora técnica do Centro Social e Paroquial de Raimonda (Paços de Ferreira), Sandra Silva, tem sido benéfico ao evitar a institucionalização e permitindo aos utentes ficar o máximo de tempo em casa.
Algumas das funções da digitalização implicam a monitorização à distância dos idosos, controlando remotamente os seus sinais vitais. Além disso, permite às equipas técnica e profissional e familiares registos mais rápidos.
Sandra Silva, em conversa com o JN, mencionou que “se o projeto tivesse sido implementado antes da pandemia tinha dado muito jeito, porque permite um contacto permanente com o utente”, realçando a importância da iniciativa para a área da saúde na terceira idade.
Ainda assim, existem obstáculos no caminho que podem ser melhorados. Para a diretora de do centro de Raimonda, “a parte dos familiares ainda pode ser um pouco mais desenvolvida, de forma a terem acesso a mais informação e a uma plataforma mais automatizada”. Os equipamentos estão em bom estado, mas também necessitam de uma simplificação no número de funções que apresentam e uma capacidade de duração de bateria maior.
Este equipamento é valioso para instituições com serviços domiciliários e ajuda a prestar um melhor serviço à distância, disse Sandra Silva.
A iniciativa Cuidado Digital 360+ foi apresentada esta terça-feira e visa analisar o impacto positivo da tecnologia no setor social, nomeadamente no trabalho de profissionais e na vida dos utentes e familiares.
A Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra também está incluída no projeto piloto.