Protestos no Porto: PSP atenta aos transportes e locais de concentração
O dispositivo policial da PSP preparado para a manifestação anti-troika deste sábado, no Porto, vai ser utilizado de forma "gradual", conforme "o grau de conflitualidade", e dará especial atenção "aos transportes públicos" utilizados pelos manifestantes e locais de concentração.
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"A PSP prestará especial atenção aos locais onde afluirão mais pessoas em razão dos transportes públicos que utilizarão, das manifestações públicas onde tomarão parte e dos conflitos que possam ser resolvidos com a nossa presença", disse à Lusa fonte do Comando Metropolitano do Porto da PSP.
Em declarações à Lusa, João Lima, um dos subscritores da manifestação convocada para este sábado sob o lema "Que se lixe a Troika, queremos as nossas vidas", adiantou são esperados entre "60 a 70 mil pessoas" na Avenida dos Aliados do Porto.
Segundo a PSP, os recursos humanos e materiais da PSP vão ser utilizados de "forma gradual e em função do grau de conflitualidade ou da movimentação de pessoas, tendo sempre presentes, os níveis de ameaça e a avaliação permanente do risco".
"Esperamos que esta seja mais uma manifestação de um direito livre, ordeiro e pacífico e é nessa medida que estaremos a monitorizar permanentemente o decorrer deste direito", declarou à Lusa o comandante do Comando Metropolitano do Porto da PSP.
A PSP preparou o seu dispositivo policial tendo como base as "anteriores manifestações gerais", mas também considerando o "atual momento do país e perspetivando os cenários que podem ser equacionados durante o dia 15 de setembro".
A manifestação no Porto vai ter o seu ponto nevrálgico na Avenida dos Aliados, onde será colocado um palanque com um microfone junto à estátua de Almeida Garrett para que qualquer cidadão possa exprimir as suas ideias, acrescentou João Lima.
Um dos promotores da manifestação "Que se lixe a Troika, queremos as nossas vidas - Contra as políticas de austeridade" disse à Lusa que esta ação é um "movimento espontâneo de portugueses" e é um "movimento para os portugueses", "sem vontade de qualquer protagonismo" e sem envolvimentos políticos ou com centrais sindicais ou de qualquer outro tipo de fações.
"Queremos que seja uma manifestação pacífica. Sem rebeliões, nem agressões", acrescentou João Lima, que vai participar na concentração do Porto.